Com as pessoas cada vez mais preocupadas com a saúde e estética, cresce o número de atletas amadores. Ou seja, mais pessoas correndo nas ruas, pedalando ou nadando. No entanto, é preciso ter cuidados com os olhos durante as atividades. Por isso, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lançou, neste mês de março, a campanha “Visão no Esporte”. De acordo com dados da Academia Americana de Oftalmologia, os esportes respondem por cerca de 100 mil acidentes oculares evitáveis. Com o intuito de conscientizar sobre a necessidade de cuidados oculares antes de praticar qualquer esporte, o CBO está com a campanha. “É importante frisar que a visão é parte fundamental para toda a sua performance. Eu sou atleta amador, não de alta performance, mas pratico o triatlo. E o que isso tem a ver com a nossa visão? Muito. Toda prática de esporte deveria ser precedida de exames oftalmológicos para verificar eventuais deficiências e corrigi-las da melhor forma para oferecer ao atleta bem-estar e chances de alcançar melhores resultados”, disse Catarina Ventura, oftalmologista e diretora do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV). Os problemas mais comuns detectados em exames de rotina são miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. De acordo com o CBO, todos podem afetar o desempenho do atleta e aumentar o risco de lesões durante a prática do esporte. A avaliação também permite diagnosticar e monitorar condições oculares crônicas, como glaucoma, retinopatia diabética ou degeneração macular. “Algumas das principais recomendações para os atletas são, se possível, o uso de óculos com proteção para radiação ultravioleta, para evitar danos causados pela exposição dos raios solares. Também é preciso ter atenção com os traumas, nos casos de esportes de contato. Para quem usa lentes de contato, em esportes aquáticos, têm de ser utilizadas as de validade diária. Em necessidade de urgência após um choque, o médico oftalmologista precisa ser procurado imediatamente”, acrescentou a diretora do IOFV.
Cílios de LED no Carnaval: oftalmologista faz alerta sobre objeto que é sucesso na folia
Durante o Carnaval, é preciso ter cuidados com a pele, com a hidratação e também com os olhos. O mau uso de maquiagem, exposição solar e glitter podem causar problemas na visão. Porém, um objeto que promete ser “febre” durante a folia são os cílios de LED, que têm sido usados com frequência nas prévias que estão acontecendo desde o fim do ano passado. A oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV), sugere que, se possível, os cílios de LED sejam evitados. Para a médica, o objeto traz sérios riscos de problemas mais graves no meio da aglomeração do Carnaval. “Tem que ter cuidado com possíveis alergias e riscos de infecção. É necessário ter atenção com a higiene da pele e do aparelho. Quem tem blefarite recorrente, que é a infecção das margens das pálpebras, tem de evitar o produto”, alertou Catarina Ventura. O QUE É O CÍLIO DE LED? Apesar do nome “cílio”, o produto é uma fita de LED que é colada nas pálpebras, próximos aos cílios, dando sensação que estão piscando em diversas cores e equipados de fortes luzes. Este objeto tem bateria que suporta até quatro horas de uso. “Até a forma de manusear o cílio pode causar um trauma. No meio do empurra-empurra do Carnaval, o objeto pode entrar nos olhos e geral problema mais grave. Também vale destacar que esse material não deve ser compartilhado com outra pessoa. Por fim, não dura com esse LED ao fim da festa”, acrescentou. MAIS CUIDADOS PARA O CARNAVAL, SEGUNDO CATARINA VENTURA – Atenção com as pomadas capilares – Evite glitter e purpurina perto dos olhos – Alerta com a maquiagem – Use óculos com proteção UVA e UVB – Cuidados com as lentes de contato – Mantenha à distância de espumas, confetes e serpentinas – Mantenha os olhos lubrificados
Check-up ocular para a volta às aulas: por que é tão importante?
Oftalmologistas do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV) destacam o quão fundamental são os exames As férias estão acabando, ou seja, o período de volta às aulas está prestes a começar. Antes dos retornos dos jovens às instituições de ensino, os pais precisam realizar o check-up oftalmológico dos filhos. Afinal, a dificuldade para enxergar pode impactar diretamente para a aprendizagem, a formação da personalidade e até a adaptação junto aos colegas de classe. Por isso, as oftalmologistas do Instituto de Olhos Fernando Ventura, Catarina Ventura e Kátia Dantas, destacam a importância da realização do exame antes da volta às aulas. As médicas reforçam que o check-up oftalmológico é essencial para detectar problemas de visão e prevenir doenças oculares, garantindo um ano letivo produtivo e saudável. “A grande maioria dos problemas de visão em crianças podem ser detectados e tratados precocemente com exames regulares. Nessa fase escolar, por exemplo, podemos descobrir congênita, hipermetropia e miopia. Além disso, o exame ajuda a ajustar corretamente óculos ou lentes de contato e fornece orientação sobre cuidados oculares”, destaca Catarina. Oftalmologista Kátia Dantas IDADE RECOMENDADA De acordo com a oftalmologista Kátia Dantas, também do IOFV, crianças de até dois anos devem ser submetidas à avaliação de um especialista a cada seis meses. Já quem tem mais de dois precisa fazer, ao mínimo, consultas anuais. Esse teste deve conter avaliação da acuidade visual, exame de refração, avaliação da coordenação ocular, exame de fundo de olho e avaliação da saúde ocular geral. “Os pais devem agendar os exames para antes das aulas, monitorar o uso de dispositivos eletrônicos e orientar os filhos sobre possíveis sintomas ou sinais. Não subestime a importância do check-up oftalmológico. A saúde visual é fundamental para o sucesso escolar”, enfatizou a oftalmopediatra Kátia Dantas.
Saúde dos olhos: dicas para o verão mais quente e seco em Pernambuco
O verão chegou! De 21 de dezembro de 2024 até 20 de março de 2025, Pernambuco passa pela estação, que será a mais quente e seca dos últimos anos, de acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima. Além disso, a umidade relativa do ar terá valores abaixo de 20%. Nessa época do ano, já sabemos dos cuidados que devem ser tomados, principalmente com a pele, mas vale o alerta com os olhos. A oftalmologista Catarina Ventura, diretora do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV), destaca que nesse período é necessário tomar alguns cuidados com a visão. Afinal, é época na qual as pessoas vão mais à praia, à piscina e usam óculos escuros. ”Os óculos de sol, além de serem um acessório de moda, têm a função de bloquear os raios ultravioletas emitidos pelo sol. A exposição prolongada e sem proteção adequada (óculos falsos ou de procedência duvidosa) podem causar sérios riscos à saúde dos olhos, como catarata, degeneração macular e de outras áreas da retina, lesões de córnea, olho seco e pterígio (carnosidade)”, explicou Catarina. Segundo a oftalmologista, de forma fisiológica, a pupila protege contra esta exposição, uma vez que, em ambientes de grande iluminação, a pupila se contrai, diminuindo a passagem dos raios nocivos aos olhos. E quando é no ambiente escuro, pouca iluminação, ou óculos escuros acontece uma dilatação e, consequentemente, mais raios solares penetram no olho. Sendo assim, quando usamos óculos que não bloqueiam adequadamente a entrada dos raios ultravioleta, eles atingem diretamente os olhos podendo causar danos. PRAIA E PISCINA ”O cloro pode causar conjuntivite química. Este produto afeta o filme lacrimal, que é o responsável por manter nossos olhos lubrificados e saudáveis. Passar muito tempo na piscina pode deixar os olhos avermelhados, irritados, a visão embaçada e com a sensação de areia. A dica é o uso de colírios lubrificantes e, para quem utiliza lentes de contato, o ideal são os modelos de descarte diário, para não ter contaminação”, acrescentou Catarina. A especialista ressalta que a água do mar pode conter impurezas além do sal, que podem causar irritação, olhos vermelhos, coceira e até mesmo a conjuntivite. O médico oftalmologista Carlos Gustavo Gonçalves, também do IOFV, indica o uso do colírio lubrificante, e lembra que ao sair do mar, não se deve coçar os olhos para não causar lesões. ”Em relação ao tempo, não tem uma regra, mas é importante ter bom senso. Se chegar ao ponto dos olhos ficarem bem vermelhos e ardendo, está na hora de sair da praia/piscina. Sobre o risco, sem a proteção UVB, os raios solares atingem diretamente os olhos”. Ele ainda complementa que as pessoas que frequentam piscinas e fazem natação devem utilizar também os óculos apropriados para a prática. Além disso, o especialista ressalta que por estar no verão, há uma facilidade em contrair conjuntivite, os casos aumentam, neste período. ”Para isso, as pessoas devem ter cuidado ao compartilhar objetos pessoais, como óculos, toalhas de rosto, roupas de cama e diversos outros objetos pessoais”, finaliza Gustavo. CUIDADO COM AS CRIANÇAS A doutora Catarina chama atenção para o período das férias, em que as crianças passam mais tempo diante das telas do celular e videogame. “Isso pode causar miopia, um erro de refração que afeta a visão à distância das pessoas. Também pode causar olho seco e ardência. Os pais devem ser criativos, estimular brincadeiras ao ar livre, um parque, um clube, interagir com os pequenos”, finaliza.
Ceratocone: conheça a doença rara e de evolução lenta
Neste mês de novembro ocorre o alerta mundial sobre o ceratocone, doença ocular multifatorial que, além da genética, o ambiente também pode causar o agravamento. O problema afeta a córnea, a camada fina e transparente que recobre a frente do globo ocular. Caracterizada pela deformação progressiva da curvatura da córnea, o ceratocone provoca afinamento e saliência em forma de cone, comprometendo a visão. Os oftalmologistas do Instituto de Olhos Fernando Ventura dão detalhes sobre o problema. “O ceratocone é uma doença genética que pode ser desencadeada por fatores ambientais e comportamentais, como o hábito de coçar os olhos. Além disso, indivíduos com alterações oculares congênitas, como catarata e esclerótica azul, e pacientes com síndrome de Down têm maior predisposição para desenvolver a doença”, explicou o oftalmologista Fernando Ventura, do IOFV. Sintomas do ceratocone Os principais sintomas do ceratocone incluem: – Perda progressiva da visão – Sensibilidade à luz (fotofobia) – Comprometimento da visão noturna – Formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto (poliopia) – Dor ou incômodo nos olhos, como ardência e vermelhidão Diagnóstico e tratamento O diagnóstico do ceratocone é feito por meio de avaliação clínica e exames como biomicroscopia, topografia e paquimetria corneana. Embora não há cura definitiva, o tratamento pode controlar o problema. “Óculos ou lentes de contato rígidas podem ajudar a ajustar a superfície anterior da córnea e corrigir o astigmatismo irregular”, explicou Catarina Ventura. Além disso, existem opções cirúrgicas, como: – Crosslinking: quando a doença está em progressão – Implante de anel intraestromal: tenta trazer a córnea para uma forma mais próxima da normalidade – Transplante de córnea: necessário em casos avançados É fundamental procurar um médico oftalmologista ao apresentar os primeiros sintomas para evitar o agravamento da doença. Com o tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida dos portadores de ceratocone.
O que é plástica ocular? Oftalmologista explica quando procedimento é necessário
Médico Carlos Gustavo Gonçalves destaca a importância da intervenção Com a plástica ocular, é possível corrigir problemas estéticos, como pálpebras caídas, bolsas sob os olhos e rugas. Porém, os procedimentos não são apenas estéticos. Afinal, é possível também melhorar a função ocular, como na correção da ptose palpebral (queda da pálpebra), que pode interferir no campo de visão. Plástica ocular também é uma subespecialidade dentro da oftalmologia que busca corrigir problemas no sistema lacrimal de drenagem e nas órbitas dos olhos. De acordo com o oftalmologista Carlos Gustavo Gonçalves, do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV), a cirurgia plástica ocular, além das alterações palpebrais, também atua em casos de obstruções das vias lacrimais e lesões orbitais diversas, como nos tumores da região. “Na maioria dos casos cosméticos, a cirurgia é minimamente invasiva e indicada para o rejuvenescimento da região periocular. Na blefaroplastia, por exemplo, a cirurgia visa a retirada de excesso de pele e gordura das pálpebras. Em alguns casos, a blefaroplastia também pode ser associada à correção da ptose palpebral e à elevação dos supercílios (sobrancelhas), disse Carlos. PÓS-OPERATÓRIO Segundo o oftalmologista e diretor do IOFV Carlos Gustavo, algumas dicas são importantes para o pós-operatório. O médico destaca a necessidade de fazer compressas geladas nos três primeiros dias para diminuir o inchaço, que minimizam o desconforto e o risco de sangramento. “Nunca deixe de seguir a medicação prescrita pelo médico oftalmologista. Lave sempre a mão antes de fazer qualquer contato com a área operada, todo o cuidado é pouco com a ferida cirúrgica. Repouso é importante, procure seguir as orientações do médico. Somente ele é capaz de avaliar se a pessoa pode fazer alguma atividade física e quanto tempo depois da cirurgia”, acrescentou Carlos. MAIS SOBRE O IOFV Atuante na medicina oftalmológica desde 1976, o Dr. Fernando Ventura é paraibano de nascimento, mas escolheu Pernambuco para trabalhar. O médico fundou o IOFV em 2015, na companhia de dois filhos, Alexandre e Catarina Ventura, e de um genro, Carlos Gustavo Gonçalves de Lima, todos também oftalmologistas. Além da sua matriz, localizada no bairro do Derby, que funciona com atendimentos 24 horas, a instituição possui outras quatro unidades. Elas estão localizadas nas cidades do Recife (Casa Forte e Boa Viagem), Olinda (Casa Caiada) e Jaboatão dos Guararapes (Piedade).
Dra Catarina Ventura tira dúvidas sobre uso de lentes de contato
Dra Catarina tira dúvida sobre uso correto de lentes de contato Confira matéria do link – https://g1.globo.com/pe/pernambuco/videos-bom-dia-pe/playlist/videos-bom-dia-pe-de-quarta-feira-11-de-setembro-de-2024.ghtml#video-12910861-id
Conheça a catarata de índice, doença rara que acomete míopes
Oftalmologista Alexandre Ventura explica detalhes do problema Existem algumas cataratas mais conhecidas, como senil, congênitas, traumáticas, entre outras. No entanto, há também uma rara, a de índice, que acomete pessoas com miopia. O oftalmologista Alexandre Ventura, diretor do Instituto de Olhos Fernando Ventura, realizou uma cirurgia para correção do problema nesta semana e explicou o motivo do surgimento desta doença. “A paciente em questão tem um pouco mais de 40 anos de idade e o grau começou a aumentar demais, fazendo com que ela tivesse dificuldade mesmo usando os óculos. Ela já havia sido operada de miopia a laser no ano passado, tinha uma boa visão e começou a ter um ‘embolamento’. Identificamos a presença da catarata de índice, comum em pacientes míopes. Nesse tipo da doença há uma mudança de grau muito abrupta e existe necessidade de tratamento”, explicou Alexandre Ventura. OUTROS TIPOS DE CATARATA Além da rara catarata de índice, Alexandre Ventura destaca as existências das congênitas, das traumáticas e da senil. De acordo com o oftalmologista, a senil é inevitável e todas as pessoas terão em algum momento. Já casos dos outros tipos, com o avanço da medicina preventiva, estão diminuindo com o passar dos anos. “A mais comum é a senil, quando acontece acima dos 60 anos. Todo mundo vai ter e, quem tiver, pode comemorar, pois conseguiu viver até essa idade (risos). É inevitável o problema. As outras são traumática, congênita, infantil e induzida por drogas”, disse Alexandre Ventura. Segundo o médico, o avanço da vacinação em massa evitou que as cataratas congênitas evoluíssem ainda mais. Alexandre Ventura explica que o problema na saúde ocular era passado da mãe para o feto, mas a prevenção bloqueou a transmissão. “Se a paciente tinha rubéola na gestação, fatalmente a criança ia nascer com a catarata congênita. Hoje, a gente não vê isso mais. O tratamento da catarata é cirúrgico e você deve consultar o seu oftalmologista para prevenir”, ressaltou o oftalmologista e diretor do IOFV. SINTOMAS DE CATARATA – Visão turva, embaçada ou nublada; – Dificuldade para enxergar com nitidez, ler, dirigir e andar; – Sensibilidade à luz, especialmente do sol e dificuldade de dirigir à noite, devido à intensidade dos faróis; – Visão dupla: enxergar duas imagens, caso feche um dos olhos; – Mudanças contínuas no grau dos óculos; – Pontos luminosos e reflexos ao redor das luzes; – Alteração da percepção das cores; – Melhora repentina para enxergar de perto, que desaparece e dá lugar à catarata avançada.
Neurocientista e oftalmologista dão dicas para férias escolares saudáveis
Neurocientista e oftalmologista dão dicas para férias escolares saudáveis Mês de julho é marcado pela pausa nas instituições de ensino Julho é sinônimo de férias escolares! Brincadeiras, diversão e muita alegria marcam essa época do ano para as crianças. Porém, os pais têm um desafio no período: tirar os pequenos da frente das telas. Além disso, o descanso mental é importante para a recuperação dos jovens. De acordo com a neurocientista e coordenadora do Ensino Fundamental I do Colégio Salesiano Recife, Regiane Melo, o período é importante para a reorganização completa da atividade cerebral. A profissional sugere que, nesses 30 dias, as crianças tenham contato com a natureza, praia, convívio social com crianças da mesma idade, novas culturas, praticar esportes, fazer leituras prazerosas e tempo com a família. “Sugiro que deixe o mínimo possível em telas. A criança que passa muito tempo em telas não estimula várias partes do cérebro, vai perdendo a vontade do contato social, não consegue tomar decisões assertivas, e se frustra com facilidade. Pode causar ainda déficit de atenção, atrasos cognitivos, diminuição da habilidade, distúrbios de aprendizado, aumento de impulsividade e não consegue por muitas vezes regular as próprias emoções. Por esses e outros motivos é importante estimular brincadeiras para que a criança possa canalizar suas energias e estimular a criatividade”, explicou a coordenadora do Salesiano. APRENDER BRINCANDO No descanso, as crianças tem a dopamina e a serotonina liberadas. Esses, são neurotransmissores que ajudam na concentração e motivação. Além disso, a criatividade é estimulada e cresce a produtividade na volta às aulas, segundo Regiane. Por fim, a neurocientista destaca que, quando ocorre a combinação da brincadeira com o aprendizado, é o “casamento perfeito”. “O ato da criança brincando faz com que o cérebro libere tanto a dopamina (hormônio do prazer) que ajuda na concentração, quanto a noradrenalina, que ajuda nas questões de memória e outros neurotransmissores importantes que também são ativados auxiliando assim a neuroplasticidade cerebral e facilitando a aprendizado. Uma brincadeira de balanço estimula a parte psicomotora, facilitando que a criança pegue melhor no lápis, estimulando a escrita e a organização”, acrescentou Regiane, que sugeriu jogos como dominó, memória, amarelinha, telefone sem fio, bola e quebra-cabeça. OLHOS Quanto aos olhos, Regiane destacou a importância de que se evitem as telas. Mas todos os pais sabem que nem sempre é possível. Sobre esse tema, a oftalmologista Kátia Dantas, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, deu algumas dicas para que esse impacto seja diminuído. “A distância ideal do pequeno para a televisão é de, pelo menos, um metro e meio. Mas é preciso que não fique tão focado, que interaja com brinquedos no entorno dela ou com os pais. Tem de ser evitada a alimentação em frente às telas, pois as crianças não conseguem perceber o sabor da comida e ingerem uma quantidade de alimento acima do que precisam”, destacou Dantas, do IOFV. Com os pais mais próximos dos filhos nessa época, alguns sinais podem ser notados. “Apertar os olhos para visualizar objetos de distância maior, ficar atento às tarefas de pontilhado, se cobrem corretamente em cima da linha. Verificar na leitura se está pulando linha, se os olhos ficam vermelhos. E o celular, não deixar passar de uma hora com crianças a partir de 4 anos; não permitir além de 2h com as crianças de 6,7 anos; e não mais de 3h para a partir dos 11 anos. Isso, claro, sempre com pausas a cada meia hora”, disse a médica do IOFV. A oftalmologista recomenda que, nos casos de crianças acima dos dois anos, é necessário uma avaliação anual para detectar possíveis problemas que não são possíveis perceber no dia a dia.
Oftalmologista faz apelo para escolas: “Usem menos as telas”
Catarina Ventura, do IOFV, pede ajuda às instituições de ensino para redução de uso de telas nas salas de aula Com a evolução da tecnologia, cada vez mais crianças usam smartphones ou tablets para passar o tempo. Porém, o uso excessivo pode causar diversos problemas para os olhos. Por isso, a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV), faz um apelo para as escolas: que o tempo de tela seja diminuído na sala de aula. “As escolas podem usar artifícios sem telas e utilizam cada vez mais, é muito exercício que você tem que fazer no celular ou fazer no computador. Então, acho que a gente tem que voltar alguns passos, tentar trazer aquela escola de antigamente, de escrever, de fazer um trabalho, de ir a campo”, pontuou Catarina Ventura. “Não é só dentro de casa que a gente está vendo essa tecnologia aumentando. Não vejo mais um adolescente lendo um livro, é tudo via aplicativo. Daqui a pouco eu imagino que não vai existir mais o papel na redação ou vai ser tudo digital. As pessoas não aprendem mais a escrever, porque você escrevendo teclando, o próprio computador lhe corrigindo, pelo Whatsapp, de forma abreviada. Então, você às vezes não sabe nem mais as regras de português”, acrescentou Catarina Ventura. MIOPIA EM CRIANÇAS Por conta do excesso de telas, a oftalmologista Catarina Ventura registrou um aumento de pacientes infantis com miopia no Instituto de Olhos Fernando Ventura. A médica pontuou que, no passado, mal se via criança usando óculos. Porém, nos dias atuais, o objeto é cada vez mais comum nas salas de aula. O problema se dá pelo crescimento da miopia. “Esse aumento da miopia traz outros problemas, porque se a miopia continua crescendo, a gente vai ter partes nobres do olho sendo afetadas. Temos a retina atrás do olho. Então, quanto maior a miopia, mais danos a gente pode trazer para a retina, que é a parte nobre que não se regenera. É possível o surgimento de maculopatia, pode ter uma rotura de retina pelo crescimento do olho. Com o olho crescendo, a retina vai se esticando”, explicou Catarina. Catarina Ventura ainda faz um alerta para os pais, para que sejam mais criativos e estimulem brincadeiras ao ar livre com as crianças no dia a dia. Em parceria com as escolas, com o objetivo de reduzir ainda mais o tempo na frente das televisões.