Chegou julho, mês de férias escolares e muito descanso. Ou não. Para as crianças é a época mais gostosa do ano, de muitas brincadeiras, correria, lazer e diversão. Aos pais, um enorme desafio: como controlar o entretenimento dos pequenos? Ter contato com a natureza, praia, convívio social com crianças da idade, conhecer novas culturas, praticar esportes, fazer leituras prazerosas e tempo com a família são algumas sugestões para as férias. E fica o alerta: cuidado com as telas. Sobre o assunto, a oftalmologista Kátia Dantas, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, deu algumas dicas para que esse impacto seja diminuído. “A distância ideal do pequeno para a televisão é de, pelo menos, um metro e meio. Mas é preciso que não fique tão focado, que interaja com brinquedos no entorno dela ou com os pais. Tem de ser evitada a alimentação em frente às telas, pois as crianças não conseguem perceber o sabor da comida e ingerem uma quantidade de alimento acima do que precisam”, destacou Dantas. Com os pais mais próximos dos filhos nessa época, alguns sinais podem ser notados. “Apertar os olhos para visualizar objetos de distância maior, ficar atento às tarefas de pontilhado, se cobrem corretamente em cima da linha. Verificar na leitura se está pulando linha, se os olhos ficam vermelhos. E o celular, não deixar passar de uma hora com crianças a partir de 4 anos; não permitir além de 2h com as crianças de 6,7 anos; e não mais de 3h para a partir dos 11 anos. Isso, claro, sempre com pausas a cada meia hora”, disse a médica do IOFV. Dra Kátia recomenda ainda que, nos casos de crianças acima dos dois anos, é necessário uma avaliação anual para detectar possíveis problemas que não são possíveis perceber no dia a dia.
Cuidados com os olhos no São João. Veja alerta dos médicos
O São João está de volta! Após dois anos de pausa por conta da pandemia, as tradicionais festas juninas retornam em boa parte do país. A data, tão marcante principalmente no Nordeste, volta a ser comemorada com direito a muito forró e shows em quase todo Pernambuco. Infelizmente, por conta das chuvas na Região Metropolitana do Recife, alguns eventos foram cancelados, mas Caruaru, por exemplo, tem programação mais do que confirmada. Para quem for ao “Maior São João do Mundo” ou for curtir em outro local, um cuidado é necessário: com a saúde dos olhos. De acordo com o oftalmologista Fernando Ventura, que dá nome ao Instituto de Olhos Fernando Ventura, é preciso ter muita atenção nessa época do ano. As fumaças das fogueiras podem piorar o quadro de insuficiência respiratória dos asmáticos, por exemplo. Porém, o que pouca gente sabe, é que pode causar problemas na visão também. “Diante dos festejos juninos, gostaríamos de alertar sobre fogueiras e fogos de artifícios. A fumaça provocada pode desencadear conjuntivites alérgicas, com prurido (coceira) e hiperemia (olhos vermelhos), necessitando de tratamento de urgência”, destacou o médico. “Deve também se prevenir ou evitar as queimaduras da pele (pálpebras) e do próprio globo ocular, que pode gerar consequências drásticas, até da perda da visão”, acrescentou. O médico sugere lágrimas artificiais para ajudar no caso de ressecamento dos olhos provocado pela fumaça, mas Fernando destaca que a compra deve ser feita por meio de prescrição de um profissional. Crianças Para a oftalmologista Catarina Ventura, também do Instituto de Olhos Fernando Ventura, a atenção com as crianças precisa ser redobrada. Ela destacou que é importante que os pais e responsáveis fiquem atentos aos pequenos quando forem soltar fogos ou brincar próximo a uma fogueira, por exemplo. Em caso de acidente, Catarina ressalta que algumas providências devem ser tomadas imediatamente. “O primeiro socorro deve ser a lavagem abundante com água corrente e, na sequência, a procura por uma urgência mais próxima”, recomendou.
Herpes ocular: conheça o vírus pode levar até a cegueira
Quando falamos em herpes, imediatamente associamos às doenças nos lábios. Porém, o que pouca gente sabe é que existe também herpes ocular, que pode causar até a perda completa de visão em casos mais graves. De acordo com a oftalmologista Lilian Bastos, médica do Instituto de Olhos Fernando Ventura, os sintomas podem ser semelhantes aos de conjuntivite, como olho vermelho e lacrimejante, dor ocular, visão turva, ardência, fotofobia, edema e sensação de corpo estranho nos olhos. O problema é causado por uma infecção pelo vírus do herpes simples tipo 1 (o mesmo responsável pela herpes labial), quando uma infecção anterior com o vírus é reativada e pode se manifestar de forma ocular em um olho (ou até mesmo os dois). Ele pode ser transmitido pelo contato direto com gotículas de saliva, secreção nasal ou com o conteúdo líquido das lesões no lábio e na face de um portador da infecção. “Esse vírus pode causar inflamação na córnea ou em todo globo ocular, resultando, em certas situações, complicações sérias como a cicatrizes corneanas com alterações visuais permanentes e, em casos mais graves, até a perda da visão. Por isso, em caso de qualquer sintoma, é importante uma visita ao oftalmologista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado”, destacou a oftalmologista Lilian Bastos, do IOFV. De acordo com a médica, o tratamento contra a herpes ocular pode ser realizado de diversas formas e, caso diagnosticado pelo oftalmologista, precisa ser feito o mais breve possível, para evitar complicações. “Para o tratamento, há antivirais e em forma de pomadas e via oral, usados com o objetivo impedir a multiplicação do vírus. Em alguns casos também há necessidade do uso de antibiótico (para evitar infecções secundárias) e de corticoides em forma de colírios. Mas o tratamento precisa ser instituído de acordo com o local e a forma como se apresentou a infecção pelo herpes vírus”, acrescentou Lilian.
Maio contra o Glaucoma – Segunda maior causa de cegueira no mundo
Assista à entrevista do oftalmologista do IOFVDerby, Valdemiro Neto, no programa Consultório do Rádio Livre. O tema foi glaucoma. *Ouça em: https://radiojornal.ne10.uol.com.br/podcasts/consultorio-do-radio-livre/2022/05/15015418-dia-nacional-de-combate-ao-glaucoma.html
Higienização incorreta dos olhos pode causar problemas oculares
Os olhos viraram o foco das maquiagens em tempo de pandemia e a tendência promete ficar. Porém, o uso contínuo, o excesso de produtos e a higienização incorreta podem gerar irritação nos olhos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), duas em cada 10 mulheres apresentam problemas oculares causados pelo uso inadequado de produtos de maquiagem na região dos olhos. A falta de uma higienização correta pode causar doenças ou irritações, como conjuntivite, ceratites traumáticas, blefarite, entre outros. Alguns sintomas característicos são os olhos ressecados ou avermelhados e a sensação de corpo estranho no órgão. A oftalmologista Ceres Pereira Kreimer, do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV), fala quais são os principais cuidados a serem adotados sempre que for retirar a maquiagem dos olhos. “Independente do uso de maquiagem, devemos limpar os olhos, uma vez ao dia, com produtos específicos para eles, como lenços umedecidos, gel ou shampoo neutro infantil. O cuidado torna-se mais importante ainda nos pacientes que usam lentes de contato e nos que usam constantemente maquiagem”, destaca. Ela também alerta para os demaquilantes, lembrando a necessidade de observar na embalagem se ele é apropriado para a área dos olhos. “Da mesma forma que temos que ter cuidado com nosso corpo, dentes, cabelos, unhas, também é importante o cuidado diário com a higiene dos olhos para manutenção da boa saúde ocular”, alerta a oftalmologista. Rótulo É importante ficar alerta ao tipo de produto utilizado nos olhos. No caso das maquiagens, é preciso ter cuidado redobrado nos produtos com glitters e metais, pois eles podem depositar micropartículas nos olhos causando irritação e inflamação no globo ocular. “Nos olhos, pode haver surgimento de quadros inflamatórios e alérgicos com o uso crônico de maquiagem sem a limpeza adequada”, reforça Ceres.
Abril marrom: mês de alerta contra a cegueira
Abril é o mês da campanha sobre a importância da prevenção e combate às diversas causas de cegueira. Simbolizada pelo laço na cor marrom, seu objetivo é conscientizar a população e reduzir a incidência dos principais problemas de visão. Nesta época de alerta, a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, explica quais são as principais causas de cegueira reversível e as irreversíveis. De acordo com ela, as principais causas da cegueira que são possíveis de recuperar a visão: erros refrativos, catarata, opacidade da córnea, descolamento de retina (reversível se operado com urgência) e enxaqueca. Já as principais irreversíveis, destacam-se: glaucoma avançado, DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), retinopatia diabética avançada, deficiência de vitamina A (principalmente em crianças), neuriteóptica (uma inflamação no nervo óptico, que leva as informações da retina para o cérebro) e ambliopia (popularmente conhecido como “olho preguiçoso”). “A cegueira ou perda de visão podem ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo oftalmologista. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e evite a automedicação. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um especialista”, explica Catarina Ventura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 75% dos casos de cegueira no mundo são tratáveis. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, estima-se que existam 37 milhões de cegos no mundo. E 82% das pessoas que vivem com a cegueira têm mais de 50 anos. A médica do Instituto do Olhos Fernando Ventura destaca cinco pontos que ajudam a manter a saúde dos olhos em bom estado: 1. Mantenha seus exames de rotina em dia – visite frequentemente o oftalmologista, principalmente após os 40 anos. 2. Não fumar – O tabagismo está diretamente relacionado a muitos efeitos nocivos à saúde, incluindo a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). 3. Alimentação equilibrada – Uma deficiência de vitaminas e minerais pode prejudicar e muito a função da retina. 4. Use óculos de sol – Óculos escuros bloqueiam os raios ultravioletas. Pode retardar o desenvolvimento de catarata e proteger os olhos da luz solar direta. 5. Equipamentos de proteção – a cegueira pode ocorrer por conta de acidentes de trabalhos ou esportes que apresentam perigo aos olhos. Então óculos com vedação lateral previnem fatalidades.
Riscos de brinquedos luminosos para a visão das crianças
Toda criança adora um brinquedo bem colorido, com sons e muita luz. Mas até que ponto isso pode ser um risco para a saúde dos olhos dos pequenos? A utilização incorreta desses produtos pode causar lesões oculares, que não machucam na hora, porém podem aparecera longo prazo. De acordo com a oftalmologista pediátrica do Instituto de Olhos Fernando Ventura, Kátia Dantas, é preciso muito cuidado com os brinquedos que sejam a laser. A especialista alerta que os pais verifiquem se o produto tem a regulamentação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o Inmetro. “É preciso ter muito cuidado com piões que projetam raios laser quando giram, ou lasers de ‘sabres de luz’, por exemplo. Essa luz forte nos olhos das crianças pode causar até queimadura de retina. Tem muito brinquedo de arminha quem tem esse laser como mira, que é um perigo”, alertou a médica do IOFV. Telas Outra diversão comum para os pequenos são as telas. Com a febre dos videogames, smartphones e tablets, estão cada vez mais comuns problemas de visão nas crianças relacionados ao uso excessivo desta tecnologia. “Eles podem apresentar os erros de refração mais comuns que são miopia (dificuldade de ver para longe),hipermetropia (borramento visual para perto com cansaço ocular) e astigmatismo(sensibilidade à luz, confusão de algumas letras e números, e cefaleia)”, disse Kátia. “Também está se tornando comum sintomas relacionados ao ressecamento dos olhos, como vermelhidão, lacrimejamento e ardor ocular. Ainda pode apresentar estrabismo (olho torto),por exemplo”, acrescentou a oftalmologista. Kátia Dantas esclarece que todas as consultas oftalmológicas são essenciais para o desenvolvimento adequado da visão, que se completa aos sete anos. Porém, o acompanhamento tem de ser frequente.
Dr. Alexandre Ventura esclarece dúvidas na coluna Eu uso Óculos
Apesar da luminosidade ser essencial para a formação da visão, o excesso de sol leva ao envelhecimento precoce do sistema ocular. É necessário não exagerar e sempre se proteger. Diversões típicas de verão, tais como ir à praia, dar uma caminhada, jogos ao ar livre, momentos na piscina, entre outros pode provocar alterações que descrevo a seguir: · A luz ultravioleta é responsável pelos sinais do envelhecimento dos anexos oculares. Há formação de rugas, flacidez palpebral, manchas e até tumores nessa região. O uso de proteção física (óculos apropriados e chapéus) além de produtos bloqueadores são indicados. · Não só a queimadura da pele acontece, mas podemos ver nos dias de verão as queimaduras e lesões de córnea e aumento das doenças da conjuntiva. A fotoceratite com o excesso de luz e olho seco, além do excesso de água salgada ou cloro de piscina costuma trazer outras alterações. · Coma frequência da exposição solar e o descaso com a proteção observamos o aparecimento do pterígio (carnosidade que invade o colorido do olho), catarata precoce (essa é uma patologia tratável cirurgicamente) e a pior de todas a degeneração macular, que provoca o enfraquecimento da retina podendo ou não evoluir com fragilidades e feridas no centro da visão levando a cegueira visual central – impossibilitando o paciente de ler por exemplo. · Além do sol que é um dos principais fatores de risco, o tabagismo e uma alimentação não saudável, junto comum genética desfavorável são uma combinação perigosa para o aparelho visual. A melhor coisa a fazer é a prevenção, consulta regular com seu oftalmologista e um oftalmologista especialista em retina. É melhor se proteger do sol e evitar os danos antes que ele comece. A melhor maneira de fazer isso é usar protetor solar com cobertura resistente à água e de amplo espectro, óculos de sol com bloqueio de UV e um chapéu de abas largas toda vez que sair para horas de sol mais intenso. De resto… é aproveitar explorar os belos e ensolarados lugares do nosso estado com consciência.
Uso excessivo de aparelhos eletrônicos e miopia em crianças
#TBT Confira no link a entrevista concedida pela oftalmologista do IOFV, Lilian Bastos, para a Rádio CBN Recife, em março do ano passado, sobre o aumento nos casos de miopia entre crianças durante a pandemia, devido ao uso de aparelhos eletrônicos.
Oftalmologista do IOFV esclarece dúvidas sobre retinoblastoma
No final de janeiro, o casal Tiago Leifert e Daiana Garbin comoveu todo Brasil ao anunciar que a filha Lua, de apenas um ano e três meses, foi diagnosticada com retinoblastoma, um raro câncer de olho. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, a doença tem cura. Segundo o oftalmologista Alexandre Ventura, diretor do Instituto de Olhos Fernando Ventura, assim que a criança nasce é preciso fazer um exame, o chamado Teste do Olhinho. Para combater qualquer doença, a precocidade da descoberta é importantíssima. “Esse teste deve ser feito, de preferência, ao nascimento, se possível na maternidade. O acompanhamento de toda criança deve ser feito com o pediatra e o oftalmo pediatra. É necessário pelo menos uma consulta no primeiro ano de vida. No caso da Lua, Leifert percebeu por uma foto. Nossa retina transmite um reflexo vermelho, uniforme. No caso de opacidade no olho, ele vai dar uma alteração de coloração. Um dos sinais de que algo está errado é quando fica com a cor branca”, explicou Ventura. Outras dúvidas, com respostas do oftalmologista Alexandre Ventura: Leifert também percebeu que a filha olhava meio de lado. Por que isso ocorre? “Esse é um dos sinais de que algo de errado está acontecendo. A fixação do olhar deve ser uniforme nos dois olhos. Ela tentou desviar o olhar para focar com outra parte da retina, buscando uma área do olho que não tivesse com o problema. Esse desvio é chamado de estrabismo”. Sobre o câncer “Geralmente se desenvolve no primeiro ano de vida. Sendo no primeiro ano, será um câncer mais grave, podendo ser bilateral ou trilateral, comprometendo células primitivas do cérebro. Mas ele se desenvolve até 5 anos de idade. Desenvolvendo mais tarde, ele torna-se um câncer mais brando. Mas infelizmente é um câncer maligno, que precisa de acompanhamento e tratamento específicos”. Tratamento “Depende do tamanho do tumor. Os menores podem ser tratados com laser, crioterapia (congelamento da massa tumoral), ou até a cirurgia, com a remoção intraocular. Em outros casos, a quimioterapia é necessária. Ela é uma ‘bomba’ para matar o tumor, mas hoje conseguimos quimios direcionadas, através de intervenção cirúrgica”. Origem da doença “Não tem um fator de risco sobre a origem da doença. Os tumores nos primeiros anos de vida costumam ter origem genética. Existem alterações de mutação de células de retina que vão proliferar”.