A Associação dos Portadores de Olho Seco – APOS, em parceria com a TFOS – Tear Film Ocular Surface Society, instituiu no Brasil o Julho Turquesa, com o objetivo de informar à população sobre a seriedade desta doença. Com o aumento exponencial das horas na frente das telas de dispositivos eletrônicos por conta do isolamento provocado pela pandemia de Covid-19, o aumento de casos de olho seco e de outras doenças ligadas a essa nova realidade já começa a ser sentido pela sociedade e classe médica, justificando a necessidade de divulgação dos seus efeitos e tratamento.
“Seus principais sintomas são secura, sensação de areia e ardência nos olhos, coceira, dor e embaçamento visual. O tratamento depende do reconhecimento do tipo e da gravidade do Olho Seco, o que deve ser feito pelo seu médico oftalmologista”, explicou a oftalmologista do Instituto de Olhos Fernando Ventura, Catarina Ventura.
A médica destacou ainda que as crianças têm sofrido bastante com o olho seco, por conta do excesso de telas de celulares, tablets, videogames, entre outros. Para ela, os pais precisam interagir com os pequenos, estimular atividades mais criativas, em espaços abertos, de preferência. Porém, caso seja inevitável, ela sugere que os filhos fiquem ‘vidrados’ o menor tempo possível e também com a maior distância. A médica, inclusive, deu uma dica simples e ‘automática’ para ajudar a combater esse problema: os olhos devem piscar 15 vezes por minuto.
“Quando estamos focados, atentos, vendo TV, no celular, ou outros eletrônicos, piscamos em média cinco vezes por minuto. O ideal é que seja o triplo. Isso causa o olho seco. Esse problema acontece por usarmos a visão sempre de perto. O uso frequente dessas telas, mais de uma hora por dia, pode causar ainda ardência e desencadear em uma miopia. Outra dica é que desvie o olhar em alguns momentos, vá até a janela, dê uma andada pelo ambiente”, acrescentou a médica do IOFV.